"Alzira Mendes estava grávida de seis meses do seu terceiro filho quando se deslocou para um centro saúde próximo para a sua primeira consulta pré-natal. Durante a consulta, uma enfermeira conversou com esta viúva de 29 anos sobre o HIV e sobre um novo programa para evitar a transmissão do vírus da mãe para o filho. Embora Alzira Mendes já tivesse ouvido falar do HIV, nunca tinha feito o teste. Nessa altura, a prevalência da infecção pelo HIV na Província de Sofala era de 26,5 por cento—cerca do dobro da taxa nacional de Moçambique, situada em 13,6 por cento—e ainda maior entre as mulheres grávidas na cidade portuária da Beira, onde Alzira Mendes vive. Nesse dia, ela tomou a decisão de se submeter ao teste. A Enfermeira Flora Vaz aconselhou Alzira Mendes sobre a transmissão e a prevenção do HIV, assim como sobre o significado do teste. Com um rápido teste do HIV, os resultados estavam prontos em 12 minutos. A Enfermeira Flora deu a difícil notícia à jovem mãe—ela era seropositiva.
Mulheres jovens aguardando os serviços de PTMPF* num centro de saúde local
Mulheres jovens aguardando os serviços de PTMPF* num centro de saúde local
Foto: Ellen Warming/EGPAF
Prevenção da Transmissão da Mãe para o Filho
Embora tivesse ficado chocada, o primeiro pensamento de Alzira Mendes foi para o seu filho—será que ele ou ela estava destinado a ter também o vírus? A enfermeira explicou que um medicamento chamado Nevirapine pode reduzir a hipótese de transmissão se a mãe começar a tomar logo no início do trabalho de parto e se o bebé receber uma dose nas primeiras 72 horas após o parto. Contudo, só é possível ter a certeza se o bebé contraiu ou não a infecção pelo HIV quando for um pouco mais crescido. Alzira Mendes concordou em aderir ao Programa de Prevenção da Transmissão da Mãe
para o Filho (PTMPT), que conta com o apoio da USAID, no centro de saúde. Ela participaou numa reunião de grupo das “Mães Positivas”, onde recebeu informação e aconselhamento sobre uma variedade de tópicos relevantes, incluindo a amamentação infantil e a nutrição, os constrangimentos e o estigma de se viver com o HIV e a importância que tem os parceiros serem testados.
Os participantes no programa também recebem suplementos alimentares através de um esforço baseado na comunidade em conjunto com o Programa Mundial da Alimentação. A enfermeira encaminhou ainda Alzira Mendes ao Hospital Dia no Hospital Central da Beira, o qual faz tratamentos e cuida de pessoas seropositivas. Alzira Mendes começou o trabalho de parto logo cedo numa manhã de Maio de 2003. Dirigiu-se imediatamente à maternidade do centro de saúde, onde tomou Nevirapine. Algumas horas mais tarde deu à luz um bebé do sexo masculino a quem chamou Apolinário, que também recebeu xarope Nevirapine para bebés. Alzira Mendes continuou a frequentar um grupo de apoio no centro.
Em colaboração com o Ministério da Saúde, a USAID desempenhou um papel chave no desenvolvimento do programa nacional de Moçambique com vista à prevenção da transmissão do HIV da mãe para o filho, o qual teve início em 2002. A USAID/Moçambique apoia os programas de PTMPF como aquele em que Alzira Mendes participa, o qual é implementado pelo Ministério da Saúde, em colaboração com a Health Alliance International, em seis das dez províncias de Moçambique, para além da Cidade de Maputo. O número de locais em que os serviços de PTMPF financiados pela USAID são oferecidos aumentou rapidamente em 2004, tendo passado de 13 para 44. Os 31 novos locais que estão a ser acrescentados representam metade da meta do Ministério da Saúde para este ano e abarcarão um número adicional de 64.000 mulheres grávidas e 4.200 mulheres seropositivas com bebés recém-nascidos.
Para Alzira Mendes e o seu bebé, o programa apoiado pela USAID chegou mesmo a tempo e parece ter feito uma enorme diferença nas suas vidas. Em finais de 2003, quando Apolinário completou cinco meses de vida, o Hospital Dia da Beira analisou o seu sangue pela primeira vez numa tentativa de determinar a sua situação em termos do HIV. O resultado deste teste preliminar foi negativo, o que era uma boa notícia porque indicava que provavelmente não tinha sido infectado pelo vírus do HIV. Alzira Mendes chorou de alegria e de alívio quando soube da boa notícia. Embora o sangue de Apolinário ainda tenha que ser submetido a novos testes para verificar o seu estado em termos do HIV quando tiver 18 meses, todos os sinais indicam que a criança continuará livre do vírus do HIV." (USAID Moçambique, Maio 2009)
Embora tivesse ficado chocada, o primeiro pensamento de Alzira Mendes foi para o seu filho—será que ele ou ela estava destinado a ter também o vírus? A enfermeira explicou que um medicamento chamado Nevirapine pode reduzir a hipótese de transmissão se a mãe começar a tomar logo no início do trabalho de parto e se o bebé receber uma dose nas primeiras 72 horas após o parto. Contudo, só é possível ter a certeza se o bebé contraiu ou não a infecção pelo HIV quando for um pouco mais crescido. Alzira Mendes concordou em aderir ao Programa de Prevenção da Transmissão da Mãe
para o Filho (PTMPT), que conta com o apoio da USAID, no centro de saúde. Ela participaou numa reunião de grupo das “Mães Positivas”, onde recebeu informação e aconselhamento sobre uma variedade de tópicos relevantes, incluindo a amamentação infantil e a nutrição, os constrangimentos e o estigma de se viver com o HIV e a importância que tem os parceiros serem testados.
Os participantes no programa também recebem suplementos alimentares através de um esforço baseado na comunidade em conjunto com o Programa Mundial da Alimentação. A enfermeira encaminhou ainda Alzira Mendes ao Hospital Dia no Hospital Central da Beira, o qual faz tratamentos e cuida de pessoas seropositivas. Alzira Mendes começou o trabalho de parto logo cedo numa manhã de Maio de 2003. Dirigiu-se imediatamente à maternidade do centro de saúde, onde tomou Nevirapine. Algumas horas mais tarde deu à luz um bebé do sexo masculino a quem chamou Apolinário, que também recebeu xarope Nevirapine para bebés. Alzira Mendes continuou a frequentar um grupo de apoio no centro.
Em colaboração com o Ministério da Saúde, a USAID desempenhou um papel chave no desenvolvimento do programa nacional de Moçambique com vista à prevenção da transmissão do HIV da mãe para o filho, o qual teve início em 2002. A USAID/Moçambique apoia os programas de PTMPF como aquele em que Alzira Mendes participa, o qual é implementado pelo Ministério da Saúde, em colaboração com a Health Alliance International, em seis das dez províncias de Moçambique, para além da Cidade de Maputo. O número de locais em que os serviços de PTMPF financiados pela USAID são oferecidos aumentou rapidamente em 2004, tendo passado de 13 para 44. Os 31 novos locais que estão a ser acrescentados representam metade da meta do Ministério da Saúde para este ano e abarcarão um número adicional de 64.000 mulheres grávidas e 4.200 mulheres seropositivas com bebés recém-nascidos.
Para Alzira Mendes e o seu bebé, o programa apoiado pela USAID chegou mesmo a tempo e parece ter feito uma enorme diferença nas suas vidas. Em finais de 2003, quando Apolinário completou cinco meses de vida, o Hospital Dia da Beira analisou o seu sangue pela primeira vez numa tentativa de determinar a sua situação em termos do HIV. O resultado deste teste preliminar foi negativo, o que era uma boa notícia porque indicava que provavelmente não tinha sido infectado pelo vírus do HIV. Alzira Mendes chorou de alegria e de alívio quando soube da boa notícia. Embora o sangue de Apolinário ainda tenha que ser submetido a novos testes para verificar o seu estado em termos do HIV quando tiver 18 meses, todos os sinais indicam que a criança continuará livre do vírus do HIV." (USAID Moçambique, Maio 2009)
Esta história podia ser a de uma das mamãs cujos filhos recebem o leite de fórmula do Pfuka U Famba, reduzindo para perto de 0 o risco de contagiu do bebé pelo HIV. Este risco de transmissão mãe-filho através do leite aumenta dramaticamente após os 6º mês de vida da criança, pelo que apartir desta idade nos países em desenvolvimento é desaconselhado o aleitamento materno. Estamos além de evitar uma morte por subnutrição, estamos a fornecer alimento nas fases mais críticas do desenvolvimento infantil reduzindo as consequências de um mau desenvolvimento estaturo-cognitivo, e estamos ainda a prevenir a transmissão do HIV da mãe para o filho e a "salvá-lo(a)" de toda a "armadilha" da pobreza e estigma associados a esta pandemia que se alastra sem um travão por estes países em desenvolvimento.
"O VIH/SIDA afecta directamente a criança praticamente todos os aspectos do desenvolvimento infantil. As COV’s estão no mais alto risco de perder a sua formação escolar, o acesso à saúde, de viver em casas com menos segurança alimentar (desnutrição), de apresentarem fraco desenvolvimento físico, ansiedade/depressão e maior exposição ao VIH. Além disso a epidemia reforça a marginalização e a destruição, e coloca os encargos da perda, medo e responsabilidades que geralmente são dos adultos sobre as crianças. Os efeitos do VIH/SIDA na vida das crianças atinge círculos extensos. Combinando os vários efeitos, estes podem limitar as oportunidades de uma criança, no curto e a longo prazo." (Tese de Mestrado Integrado - Impacto do HIV/Sida nos países em Desenvolvimento)
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